Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Uma menina que defende que a perfeição está na imperfeição de cada um ;)
Bom dia a todos.
(Cada um tem direito à sua opinião e tal como respeito a vossa, lembrem-se depois de respeitarem a minha. Mesmo eu não concordando com a vossa e vocês não concordando com a minha opinião. )
Tenho uma opinião bem fundamentada sobre Chavéz. Lamento a morte dele, lamento ainda mais ele ter morrido devido a um cancro e ter sofrido toda a agonia que deve ter sofrido.
Contudo, e apesar de ter ficado chocada com a morte dele (descobri na TimeLine (TL) do twiiter), não acho que o senhor seja de repente um santo. Passo a explicar, não sou a favor de extremismos, sejam eles de direita, sejam de esquerda (isso já nos causou diversos problemas, não é preciso relembrar como começou a Segunda Guerra Mundial e as suas consequências, nem os regimes comunistas e as suas consequências nos países em que ocorrera, somente dois exemplos. Haveria mais).
Sim, Chavéz ajudou os mais pobres e isso felicito. Mas também censurou, intimidou as pessoas que tinham uma opinião contrária à dele. Dizem que ele foi democraticamente eleito. Honestamente, não sei até que ponto essas eleições não foram fraudulentas. Sim, Chavéz fez muito bem pelo seu povo (sobretudo para aqueles que estavam do lado dele, ou por convicção ou por medo das represálias de estarem contra), mas também fez muito mal aos seus opositores. Mas o que me choca mais são as reacções das pessoas que parecem que se esqueceram do mal. Só se lembram do bem. Mas isto não é caso inédito. Mesmo no nosso dia-a-dia isto acontece. Parece que quando uma pessoa morre, fica santa, mesmo que tenha tido atitudes muito negativas ao longo da sua vida.
Mais uma vez, lamento a sua morte e ninguém no seu perfeito juízo (tal como disse Henrique Monteiro) fica feliz com a morte de outra pessoa.
Para rematar, deixo aqui uma opinião escrita por Henrique Monteiro, ontem no jornal Expresso online.
"Ninguém de boa saúde mental se compraz com a morte de um homem; menos de um homem com 58 anos que percorreu um calvário de agonia. Mas ninguém de bom juízo santifica um homem só porque faleceu.
O respeito devido à morte de Chávez reconduz-nos sempre à ideia da efemeridade da vida, da irracionalidade da ambição pessoal e do mal que, voluntaria ou involuntariamente provocamos nos outros. E o general que foi golpista e esteve preso e que, com outro um golpe, se manteve no poder até à morte, está longe de ser um exemplo político, por muito que dele gostem.
É por isso que admiro - e continuo a admirar - a popularidade que Hugo Chávez sempre teve em Portugal. Apesar da forma muito duvidosa como tratou setores, senão quase toda, a comunidade portuguesa; apesar do modo não democrático ou mesmo antidemocrático de governar, mudando a Constituição para se eternizar como Presidente, com derivas que o levaram a imiscuir-se na política de países vizinhos (levando até um alerta de Lula); apesar do modoprovocatório e ditatorial como tratava a comunicação social (a hora do presidente era uma missa semanal, pelo menos, obrigatoriamente transmitida), nunca teve uma palavra de repúdio por parte das instituições portuguesas. Pelo contrário, fosse do seu émulo Alberto João Jardim e do PSD, fosse de Sócrates e do PS, fosse do PCP ou do Bloco, todos o elogiavam.
Posso estar a ser injusto, e se estou peço desculpa. Mas, desde já adianto que tenho a mesma reação no que toca a cubanos, angolanos, chineses, sauditas (para não falar das recém-derrubadas ditaduras do Norte de África), bem como a todos os dirigentes que têm a liberdade e a democracia como conceito meramente de fachada (eu sei que me vão dizer que Chávez, como outros ganharam eleições, mas recordo que pelos mesmos parâmetros, Salazar também as ganhou, assim como tantos outros ditadores). Também sei que me vão dizer que a democracia ocidental não pode universalizar-se (embora a liberdade de comércio e o capitalismo mais selvagem se tenha mundializado, esses dirigentes gostam de evocar razões culturais para não ceder na liberdade política).
Talvez o problema, efetivamente, seja meu. Mas chego a pensar que cá por Portugal de ditador e de louco... muita gente tem um pouco.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/na-morte-de-chavez-de-ditador-e-de-louco=f791468#ixzz2MqmWfW7o "
xoxo
??????????
Não sou grande fã da Pandora, confesso. Mas há uma...
Ainda só li os dois primeiros do Robert Langdon do...
Força miúda!! Voltei de propósito para te mandar f...
Bom ano!Os anos de transição são duros mas são ao ...