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Uma menina que defende que a perfeição está na imperfeição de cada um ;)
Bom noite.
Já vos disse que trabalho num restaurante. Até aqui tudo bem. O menos bom deste trabalho são alguns clientes que o frequentam durante algumas partes do dia. Estes clientes são umas pessoas que por mais bem-vestida que estejam ou que falem não esconde a intenção pela qual utilizam aquele espaço naquelas horas de menor ou nenhum movimento. Os senhores pedem lá a tacinha deles e eu sirvo. Até aqui tudo bem, nada de mal. O que me tira do sério é o facto de eu ter de ter cuidado com as palavras que digo ou aquilo que faço. Estou interdita de dizer coisas deste género: outra rodada?; então o que vai ser desta vez (implica que já lá estiveram! Ficaram tão ofendidos e eu com cara de parva); e assim está bom (não posso perguntar isto porque mesmo que esteja já pela borda do copo, ainda podia pôr mais um pouco). São estas atitudes de virgns ofendidas que me tiram do sério. Para mim não passam de uns bebedolas e mai' nada.
update: ontem um disse-me para não comentar com uma pessoa do seu seio que ele frequentava aquele sítio. Eu só pensava: acha que não tenho mais que fazer????
E depois as mulheres é que são complicadas! Então, pois claro....
xoxo
Bom dia a todos :)
Hoje vou-vos contar algumas das situações que poderiam ter sido muito bem inventadas, mas não foram, são verídicas. Trabalhar em sítios públicos em que os seguranças pensam que mandam é o que dá.
1º Situação Caricata
Houve uma manhã que eu tive a fazer uma limpeza "mais do que geral" ao stand. Digamos que fiquei com os dedos um pouco pretos. Como de manhã estou quase sempre sozinha ir ao wc e deixar o stand com outra colega é quase impossível. Avistei um segurança ao fundo e como ele ia passar perto de meu stand, esperei por ele. Lembrei-me nesse momento numa manhã que um segurança do mesmo estabelecimento público me dissera, se for preciso ir ao wc, podemos ficar no stand por uns instantes. Quando o segurança chegou perto do local em que eu estava e eu lhe pedi para ir ao wc lavar as mãos num instante, ele nem sequer pensou, disse logo que não. Ainda acrescentou aquela desculpa esfarrapada que mesmo que quisesse, não podia. A minha sorte foi que uma funcionária de outro stand me deu uma toalhita e consegui limpar as mãos. Digamos que tenho autorização das minhas patroas para petiscar, caso tenha fome. Como é lógico, não o iria fazer com as mãos sujas. Se ele tem esse hábito, eu não tenho. Pura falta de vontade! (Não me venham cá coisas!).
2º Situação Caricata
A primeira coisa que faço quando chego ao estabelecimento é ir buscar a chave. Quando me dirijo ao responsável por me guardar as chaves, ele diz-me que não tem chaves nenhumas. Eu só lhe digo, "está a brincar comigo, não está? eu não tenho como telefonar à minha patroa". E ele vai e diz: "estou a brincar, estão aqui". Eu tento conter a minha fúria e não lhe mostrar o meu desagrado perante aquela brincadeira sem piada nenhuma. Só me apetecia dar-lhe um par de estalos e dizer para não levar a mal que também estava a brincar.
3º Situação Caricata
Um segurança só me aparecer depois da hora de abertura para me ajudar a transportar umas peças para o stand que estão guardadas numa sala deles. Tinha tudo aberto e montado, mas tive que ir com o senhor buscar as peças. Acho que nem sequer me pediu desculpas pelo que se passou. Ah e ele a andar tem três velocidades: é devagar, devagarinho e quase parado.
4º Situação Caricata (a melhor de todas)
Depois de ter as chaves na mão e antes da hora de abertura, lá vem um segurança ajudar-me a transportar as peças. Digamos que faltava cerca de 10 minutos e segurança vê-lo, não viste porque não havia nenhum...Eu só olhava para o relógio e pensava devem estar a gozar comigo. Lá subi ao andar de cima e apanhei (em flagrante delito!) um segurança a dar uma (bela e longa) de uma cantiga a uma funcionária. O que eu fui fazer? Interrompi o engate, ele respondeu-me de uma forma ríspida, a funcionária só queria um buraco (ou pelo menos foi com essa impressão com que fiquei). Lá veio passados uns minutos. Com cara de mau como se todos lhe devessem e ninguém lhe pagasse. Abriu a sala e se eu não lhe pedisse para me transportar uma das peças comigo, ele não o teria feito. Eu que me desemerdasse! A sério, a este fiquei com um pó daqueles.
Moral da história os seguranças só são simpáticas para os clientes, existem excepções (GRAÇAS A DEUS!). Pena não haverem mais excepções do que a regra (mas o mundo não é perfeito e vida não é justa). Estes senhores esquecem-se que quando eu acabar o trabalho, sou novamente cliente e posso ser uma cabrinha com eles e eles se lixarem. OBVIAMENTE, não o faria, mas que eles mereceriam, mereceriam serem bem lixadinhos!!!!
xoxo
-Sim, está-me a ouvir? Sim, é consigo que estou a falar e não, não estou esquizofrénica. Eu sei que estou com a "minha farda", com o crachá que revela o meu nome, que lhe interrompo os seus mais preciosos pensamentos, que ter que falar para mim é a pior das torturas. Aliás, quem sou eu, insignificante empregada, aliás como eu ouso olhar-lhe para o seu delicado rosto de uma cliente tão elegante, que tem a necessidade de me olhar de cima a baixo para tentar compreender o porquê de eu a ter interpelado? Sei da existência de grupos do facebook e afins, que é muito irritante, uma empregada estar, constantemente, a perguntar às pessoas se precisam de ajuda ou se querem isto ou aquilo.
Mas, vossas senhorias, já pararam para pensar que é esse o nosso dever, que é essa a razão pela qual recebemos um ordenado, ao final do mês? Exactamente,o que vocês recebem ao final da mês, pelo menos no sentido da palavra, nunca no sentido monetário. Sim porque, nós empregadas, coitadinhas de nós, têm que nos ouvir porque somos umas coitadas, não é? Temos tantas contas para pagar e olha sujeitamo-nos a isto, que vergonha, não é?
Se pensam isto de pessoas que estão na rua, em hipermercados a distribuir folhetos, a tirar-vos dos vossos mundinhos durante 5 minutos, sim, muito possivelmente a chatear-vos, ora eu estimo muito bem que se lixem! É isso mesmo que se lixem! Ponham isto na cabeça de uma vez por todas, também somos pessoas, também recebemos dinheiro pelo nosso trabalho, não somos nem menos, nem mais do que vocês, clientes. Já pararam para imaginar o que é NÃO RECEBER boa educação o dia todo? ( ah e tal, pagam-vos para isso?) Não, minhas senhorias, pagam-nos para trabalhar, não para aturar más-educações de pessoas que vão para hipermercados para passear e não para fazer compras. Pagam-nos para atendermos os clientes das marcas que representamos e não dos outros. Não nos pagam para aturar prepotência, a arrogância, a má-educação de pessoas que, muitas vezes, com a nossa idade, que se querem fazer mais do que realmente são, não sabem ser bem-educadas. Pois, lembrem-se disto, olhar-nos para a cara e dizer um não, obrigado, com um sorriso, não custa. Aliás, não pagam mais por isso. Mas, digo-vos algo, se pagasse, Portugal não precisaria do FMI, a má-educação pagaria uma grande parte da dívida.
É dedicado a pessoas má-educadas, aos outros XOXO
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Bom ano!Os anos de transição são duros mas são ao ...